domingo, 23 de dezembro de 2012

Michael Porter faliu? Que maldade!

Na web, em emails e por telefone têm me questionado se Michael Porter faliu? Michael Porter náo faliu como pensador. Ele continua caro, adptando e renovando seus trabalhos tradicionais como sobre o conceito de CSV.
Faliu o Monitor Group empresa da qual era cofundador. Em um artigo da revista Forbes o autor pergunta porque os consultores do Monitor Group não usaram as 5 Forças para resolverem o problema da empresa? A pergunta é maldosa e de quem possivelmente nunca geriu uma empresa.
Uma empresa não é gerida por uma abordagem teórica, tampouco uma ferramenta justifica a estratégia. A estratégia por si não garante a implementação e a gestão.
Parte deste problema é explicado pelo próprio Porter em uma resposta recente num evento em que estivemos juntos. A resposta pode ser vista no filme a seguir:


domingo, 4 de novembro de 2012

DNA do Inovador - lançamento do livro na versão brasileira

Comemorando o lançamento nesta ExpoManagement 2012 da versão brasileira do livro DNA do Inovador de Christensen, Dyer e Gregersen, estou reenviado o post sobre o livro para que possam voltar a debater o tema da Inovação.



Também foi com grata surpresa que recebemos a notícia que o livro o DNA do Inovador, que está sendo lançado agora pela Editora HSM foi premiado como livro do ano. Veja no link: http://harvardbusinesspublishing.org/newsroom/news-release-‘the-innovator’s-dna’-is-named-as-the-best-book-on-innovation-and-entrepreneurship-of-the-year-at-cmi-awards


Por este motivo resolvi apresentar novamente um post que fiz há algum tempo atrás, sobre a banalização da palavra Inovação.



Recentemente foi publicada uma matéria no jornal Valor Econômico, reproduzida do New York Times. A matéria destaca a banalização do termo inovação. Todas as empresas são inovadoras, inovação é qualquer coisa e não importa a situação, tipo de negócio, como é feito e acontece. Tudo e qualquer coisa é inovação.

Na matéria Clayton Christensen, sem dúvida o mais difundido autor no tema e autor do livro Innovators DNA que será lançado em breve pela HSM Editora, comenta:

"A maioria das empresas diz que é inovadora na esperança de levar o investidor a crer que há crescimentoonde não há".

A tabela abaixo resume alguns números que ressaltam como o tema está em voga e com o risco de ser banalizado como um modismo.

Citação do termo inovação nos relatórios de empresas.
Fonte: SEC/USA
33358 vezes
Aumento de 5x em relação a 2006.
Uso da palavra por empresas nos relatórios anuais
Apple
Google
Procter & Gamble
Scotts Miracle
Campbell Soups
22 vezes
14 vezes
22 vezes
21 vezes
14 vezes
Pesquisa na Amazon.com
250 livros de inovação
Lançados nos últimos 3 mees
Áreas de diretorias de inovação
4 em cada 10 empresas
Menção pelos executivos
Fonte: Capgemini




Segundo a matéria, o primeiro registro da palavra inovação, vem de um documento do século XV e está relacionado a renovação e mudança. Mas a divulgação mais extensiva do termo, acontece em consequência dos trabalhos de Utterback e de Christensen.

Para Christensen, há três tipos de inovação: a inovação na eficiência, pela qual o mesmo produto é feito a um custo menor, como a automatização da consulta ao cadastro de crédito de alguém; a inovação sustentadora, que converte um produto já bom em algo ainda melhor, como o carro híbrido; e a inovação de ruptura, que transforma coisas caras e complexas em algo simples e mais acessível, como a migração do mainframe para o microcomputador.

Para a empresa, o maior potencial de crescimento reside na inovação de ruptura, diz. Christensen observa que as demais modalidades poderiam muito bem ser chamadas de progresso comum — e normalmente não criam mais empregos nem negócios.

Como a inovação de ruptura pode levar de cinco a oito anos para dar frutos, diz ele, muita empresa perde a paciência.

Para a empresa é bem mais fácil, acrescenta o autor, apenas dizer que está inovando. "Todo mundo está inovando, pois qualquer mudança virou inovação".

A HSM há muitos anos realiza seu fórum de inovação e, neste ano traz um novo evento, o fórum de Novas Fronteiras da Gestão a ser realizado em agosto de 2012 (http://eventos.hsm.com.br/foruns/forum-hsm/novas-fronteiras-da-gestao-2012/). Neste fórum vai discutir o futuro, sobretudo a influência da tecnologia, nos negócios. Também, na HSM Educação, temos o curso de inovação estratégica, coordenado por Solange Mata Machado e material exclusivo de Vijay Govindarajan, com a segunda turma iniciando em São Paulo (http://www.hsmeducacao.com.br/Cursos/EDP-HSM/EDP-HSM-em-Inovacao-Estrategica/8). Neste ano, como foi dito, a HSM Editora lança o livro O DNA dos Inovadores, no qual Christensen é co-autor (http://hsmeditora.com.br/clayton-m-christensen/?autor).
Vijay Govindarajan e professores da HSM Educação
dna edit
Clayton Christensen com Solange Mata Machado,
coordenadora do EDP em Inovação Estratégica da HSM Educação.

Estes fatos mostram a importância da inovação para a HSM e como é importante não deixar que o termo se banalize. Inovação, como foi mencionada na raiz da palavra está sem dúvida relacionada com renovação e mudança. Está sem dúvida, no nível mais amplo da empresa relacionado com estratégia.

O que está claro é que desde que o termo passou a dominar o discurso das empresas, ele deixou de ser um termo de tecnologia ou de produto, para virar um termo relacionado ao projeto e muitas vezes à orientação do negócio como um todo.

Inovação para a HSM está relacionado à estratégia, pois a vantagem competitiva de uma organização não pode ser mais garantida somente com produtos e mercados.

Inovação é inventar novos processos de negócios, transformar a essência de organizações e criar mercados totalmente novos que atendam as necessidades não satisfeitas de consumidores.

domingo, 28 de outubro de 2012

Estratégia e Execução - Parte 1

Recentemente, na HSM Educação, fizemos uma pesquisa com CEOs para compreender os principais desafios organizacionais e os temas que poderiam ser importantes para preparação de executivos. Dentre os temas que se destacaram a Inovação da Estratégia e a Execução se destacaram.

Apesar da importância que os executivos dão para a inovação e renovação de sua estratégia e ao tema de execução, a minha obsrevação nas organizações é que existe uma intenção que é subjugada pelos interesses de curto-prazo, e pelos interesses e relações de poder. Assim, em posts sucessivos pretendo abordar o tópico de execução sob diversas lentes.

Começando pela relação da execução com a estratégia, um pressuposto é ter uma estratégia adequada. Uma estratégia adequada pressupõe coerência, clareza e uma relação equilibrada entre o presente e o futuro. Para isto a estratégia precisa ser comunicada e lembrada, de uma forma pelos funcionários e de outra pelos clientes e stakeholders. O valor único a ser proporcionado vai ser mais facilmente percebido.

Para ser percebido a estratégia precisa ser compreendida por todos, por cada um em função de sua relação com a organização. Para ser compreendida a estratégia deve ser simples. Vale lembrar que simples não quer dizer sem valor. Uma estratégia simples, que gera valor, deve também ser difícil ou até impossível de copiar e de ser reproduzida pelos competidores.

Uma estratégia complicada, somente técnica, sem a possibilidade de se disseminar e de ser compreendida pelos níveis mais baixos hierarquicamente, que são aqueles com contato direto com produtos e clientes, não vai ser executada. Jorge Paulo Lemann, nosso grande empresário do Banco Garaintia à ABInBev, diz que costumava ir a apresentações de estratégias e que elas eram complexas e com objetivos demais. Reforçava que objetivos demais não seriam executados.

A relação da estratégia com a execução passa por um ciclo de formulação, execução e adaptação. Se for complicada não vai acontecer. Por exemplo, meu amigo Derek Abell comenta sempre o caso de um presidente da Nestlé que ao tomar posse passou a receber relatórios de centenas de páginas que apresentavam a estratégia das diversas unidades de negócio da empresa. Relatórios elaborados por setores responsáveis especificamente para isto, que foram criticados por Mintzberg no seu Ascenção e Queda do Planejamento Estratégico. Este executivo parou de receber este material e passou a fazer um alinhamento de posicionamento e clareza de objetivos pessoalmente com cada um de seus gestores, para então desdobrarem em suas estratégias de unidades de negócio. Os resultados obtidos passaram a ser muito melhores.

A estratégia está relacionada com a forma pela qual as empresas podem criar, capturar ou sustentar valor econômico. Este valor exonômico passa por, como disse Porter, aumentar a lacuna entre o que os cliente querem pagar e o custo para faze-lo. Assim, a estratégia tem que deixar claro o valor, os desafios e as ações que são prioritárias. As poucas ações que são prioritárias.

A estratégia precisa ajudar à execução, pois como Kaplan e Norton colocaram no passado, cerca de 3/4 das iniviativas estratégicas não são atingidas. Aliás, isto, de certa forma, justifica o sucesso de ferramentas como o BSc (Kaplan e Norton) e da Gestão de Projetos.

Na sequência deste post vamos debater quais são os elementos de uma estratégia para que possa ser clara e executável.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

DNA do Inovador - Livro Premiado

Foi com grata surprêsa que recebemos a notícia que o livro o DNA do Inovador, que está sendo lançado agora pela Editora HSM foi premiado como livro do ano. Veja no link: http://harvardbusinesspublishing.org/newsroom/news-release-‘the-innovator’s-dna’-is-named-as-the-best-book-on-innovation-and-entrepreneurship-of-the-year-at-cmi-awards


Por este motivo resolvi apresentar novamente um post que fiz há algum tempo atrás, sobre a banalização da palavra Inovação.



Recentemente foi publicada uma matéria no jornal Valor Econômico, reproduzida do New York Times. A matéria destaca a banalização do termo inovação. Todas as empresas são inovadoras, inovação é qualquer coisa e não importa a situação, tipo de negócio, como é feito e acontece. Tudo e qualquer coisa é inovação.

Na matéria Clayton Christensen, sem dúvida o mais difundido autor no tema e autor do livro Innovators DNA que será lançado em breve pela HSM Editora, comenta:

"A maioria das empresas diz que é inovadora na esperança de levar o investidor a crer que há crescimentoonde não há".

A tabela abaixo resume alguns números que ressaltam como o tema está em voga e com o risco de ser banalizado como um modismo.

Citação do termo inovação nos relatórios de empresas.
Fonte: SEC/USA
33358 vezes
Aumento de 5x em relação a 2006.
Uso da palavra por empresas nos relatórios anuais
Apple
Google
Procter & Gamble
Scotts Miracle
Campbell Soups
22 vezes
14 vezes
22 vezes
21 vezes
14 vezes
Pesquisa na Amazon.com
250 livros de inovação
Lançados nos últimos 3 mees
Áreas de diretorias de inovação
4 em cada 10 empresas
Menção pelos executivos
Fonte: Capgemini




Segundo a matéria, o primeiro registro da palavra inovação, vem de um documento do século XV e está relacionado a renovação e mudança. Mas a divulgação mais extensiva do termo, acontece em consequência dos trabalhos de Utterback e de Christensen.

Para Christensen, há três tipos de inovação: a inovação na eficiência, pela qual o mesmo produto é feito a um custo menor, como a automatização da consulta ao cadastro de crédito de alguém; a inovação sustentadora, que converte um produto já bom em algo ainda melhor, como o carro híbrido; e a inovação de ruptura, que transforma coisas caras e complexas em algo simples e mais acessível, como a migração do mainframe para o microcomputador.

Para a empresa, o maior potencial de crescimento reside na inovação de ruptura, diz. Christensen observa que as demais modalidades poderiam muito bem ser chamadas de progresso comum — e normalmente não criam mais empregos nem negócios.

Como a inovação de ruptura pode levar de cinco a oito anos para dar frutos, diz ele, muita empresa perde a paciência.

Para a empresa é bem mais fácil, acrescenta o autor, apenas dizer que está inovando. "Todo mundo está inovando, pois qualquer mudança virou inovação".

A HSM há muitos anos realiza seu fórum de inovação e, neste ano traz um novo evento, o fórum de Novas Fronteiras da Gestão a ser realizado em agosto de 2012 (http://eventos.hsm.com.br/foruns/forum-hsm/novas-fronteiras-da-gestao-2012/). Neste fórum vai discutir o futuro, sobretudo a influência da tecnologia, nos negócios. Também, na HSM Educação, temos o curso de inovação estratégica, coordenado por Solange Mata Machado e material exclusivo de Vijay Govindarajan, com a segunda turma iniciando em São Paulo (http://www.hsmeducacao.com.br/Cursos/EDP-HSM/EDP-HSM-em-Inovacao-Estrategica/8). Neste ano, como foi dito, a HSM Editora lança o livro O DNA dos Inovadores, no qual Christensen é co-autor (http://hsmeditora.com.br/clayton-m-christensen/?autor).
Vijay Govindarajan e professores da HSM Educação
dna edit
Clayton Christensen com Solange Mata Machado,
coordenadora do EDP em Inovação Estratégica da HSM Educação.

Estes fatos mostram a importância da inovação para a HSM e como é importante não deixar que o termo se banalize. Inovação, como foi mencionada na raiz da palavra está sem dúvida relacionada com renovação e mudança. Está sem dúvida, no nível mais amplo da empresa relacionado com estratégia.

O que está claro é que desde que o termo passou a dominar o discurso das empresas, ele deixou de ser um termo de tecnologia ou de produto, para virar um termo relacionado ao projeto e muitas vezes à orientação do negócio como um todo.

Inovação para a HSM está relacionado à estratégia, pois a vantagem competitiva de uma organização não pode ser mais garantida somente com produtos e mercados.

Inovação é inventar novos processos de negócios, transformar a essência de organizações e criar mercados totalmente novos que atendam as necessidades não satisfeitas de consumidores.

sábado, 29 de setembro de 2012

domingo, 16 de setembro de 2012

Dicas para Organizar seu Tempo

Confira as minhas dicas:
- Tempo é um recurso complicado de ser administrado. Não temos mais tempo disponível do que as 24 horas do dia. Nesse período, existem tarefas que não podemos deixar de fazer. A dica, tanto agora quanto para o futuro, está em estabelecer prioridades.
- Tanto na vida pessoal, quanto no trabalho é preciso definir que tarefas podem ser delgadas a outras pessoas, quais podem receber um 'não' e quais não podem deixar de ser executadas;
- Na correria do fim do ano, use a tecnologia a seu favor: compre os presentes pela Internet, encomende a ceia pela Internet ou por telefone
- Para fazer contato com as pessoas de que gosta, mande emails ou telefone
- Pense, analise e priorize as tarefas. Se priorizar, muito deixará de ser feito e haverá tempo para aquilo que for prioritário no aspecto pessoal e organizacional.
- Escreva suas prioridades para cada dia, do início do ano até o Natal (e sempre em todos os dias e até todos os Natais). Junte o pessoal e o profissional. Siga essas prioridades. Reveja a lista ao final do dia. O que ficou para trás muitas vezes deixa de ser prioridade para o dia seguinte. Estabeleça novas prioridades.
Reflita ainda mais sobre seu tempo no "pensamento visual" abaixo.
Critique, compartilhe seus exemplos.


domingo, 2 de setembro de 2012

As inovações virão das grandes ou pequenas empresas?

Recentemente tive a oportunidade de ler uma entrevista com Scott Anthony no The Wall Street Journal sobre inovação. Semana passada tivemos o evento da HSM em Novas Fronteiras da Gestão, falando do futuro com pessoas como Ray Kurzweill e Miguel Nicolelis. Ainda na 6a feira passada tive a oportunidade de conversar na HSM Educação com Miguel Nicolelis.



 


                               


Anthony num artigo da Harvard Business Review argumenta que entraremos numa "quarta era da inovação", na qual as grandes empresas, percebidas por décadas como sendo muito lentas e burocráticas para novas ideias, liderarão o movimento.

Nos meus estudos sobre declínio organizacional fica claro que grandes empresas buscam alavancar seus recursos e competências existentes. Ou seja, aproveitar ao máximo seus edifícios, suas máquinas, seus funcionários e seus processos. Além disso, seus executivos, pressionados pelos resultados de curto prazo, tomam decisões para hoje e poucas para amanhã.

As inovações apontadas no evento da HSM são muito radicais e mudam completamente a nossa forma de viver, e, com certeza as empresas, a forma de geri-las e modificam ou até acabam com setores inteiros.

Com base nisto, penso que algumas grandes empresas consigam, mas poucas. É difícil para um executivo, como foi para os da Kodak no passado, trocar ou tirar o foco de suas vacas leiteiras para colocar sobre as novas tecnologias como a de imagens digitais.

Desta forma, ainda acredito que muitas grandes empresas perecerão. Algumas poucas renovarão. Muitas pequenas empresas aparecerão com suas novidades. Embora discorde do executivo da Innosights, só o tempo dirá. Mas me parece que os tubarões ainda serão comidos pelo conjunto de peixinhos.





sábado, 18 de agosto de 2012

Feedback e a Geração Y


A geração Y gosta em geral de feedback . Entretanto, esta necessidade é característica de sua ansiedade e, de certa forma foco no imediato. Outra característica é a necessidade de atenção, mesmo em atividades não prioritárias e rotineiras. Com certeza o feedback é importante em qualquer situação e não somente para a Geração Y, mas dentro de limites. Mais que dar feedback a tudo é necessário deixar claros limites e regras básicas de convivência, pois é uma característica também desta geração de tentar que os limites sejam os deles. Outro aspecto importante é gradativamente dar responsabilidade no lugar de todo o tempo dar feedback e tarefas. Se estes cuidados não forem tomados, não se consegue produtividade e efetividade do trabalho de gerência.
Não estou querendo dizer com isto dizer que a geração Y não é importante e talentosa, mas que é preciso passar certas regras de convivência. Num curso de graduação que participei da organização, no primeiro período a atividade de outdoor education era um paintball com regras e munição limitada. Sempre haviam reclamações e muitos se perdiam, pois não estavam acostumados com limitações que são usuais na vida e no dia-a-dia de uma empresa.
As empresas, nos nossos contatos com RHs, ainda estão aprendendo a lidar com esta geração, assim como, ainda estão aprendendo a lidar com as mídias sociais. Sobretudo, os mais velhos desta geração começam a chegar a cargos de gerência quando ainda não estão preparados pela experiência do fazer e ser. Este fenômeno de juniorização dos cargos é problemático para empresas tradicionais. Empresas mais jovens como Google, por exemplo, parecem estar lidando melhor com esta geração, pois os limites são distintos.
Todos devemos receber feedback e exigi-lo. Outras gerações não estão acostumadas a receber feedback. Deve-se ressaltar que no feedback, principalmente para a geração Y, é importante considerar os conceitos da psicologia positiva, incorporados na liderança positiva e de líder coaching. O gestor moderno preso em seu escritório pelas redes sociais e novas mídias tem que voltar a liderar pelo walking and talking around. Olhos nos olhos faz a diferença.
É um caminho do meio. Os gestores precisam mudar sua forma de agir e os Y precisam de se adequar a uma postura mais profissional. O feedback para eles é importante para que possam sentir que são reconhecidos, que as pessoas gostam de trabalhar com eles e que possam estar contribuindo em algo relevante. A sensação de crescer, aprender e de ter significado naquilo que fazem.

Veja o vídeo do prêmio a Empresa dos Sonhos dos Jovens da DMRH realizado pela HSM Educação.



sábado, 11 de agosto de 2012

"Coming Chaos" de Joichi Ito Diretor do MIT Media Lab - Parte 1


O mundo vai passar por mudanças relacionadas a tecnologia, sobretudo em relação à Internet, novos hardwares, etc. A inovação disruptiva que vem pela frente e seus efeitos sobre as pessoas, sociedade e organizações será imenso. Vale dizer que o efeito exponencial nas inovações e com a Internet estão sendo sentidos por muitas organizações, mas ainda nem chegaram perto do que pode ser. Estes efeitos serão parte do debate no Forum HSM Novas Fronteiras da Gestão que acontece agora em agosto.

Não existe uma definição exata para Coming Chaos, mas é um fato. As empresas e indústrias (setores) não estão preparados, embora alertas, para os novos efeitos de competição influenciados por fatores macro, como economia, população e meio-ambiente, tampouco para o efeito que as inovações tecnológicas trarão em combinação com estes fatores.

Por exemplo, se pensarmos no efeito de miniaturização, um chip poderá chegar ao tamanho de uma célula. Imagine o impacto sobre a longevidade das pessoas e o impacto consequente sobre as organizações de saúde, empresas seguradoras, na carreira dos profissionais da área de saúde, nas relações trabalhistas das empresas etc. Por exemplo, as teorias de base de administração e os trabalhos atuais ainda não conseguem mensurar e nem nos auxiliar em conselhos sobre o impacto da internet e das mídias sociais. Co-criação ainda está engatinhando e muda modelos de negócios profundamente.

Sem dúvida, existe uma diminuição de custo e acesso a novas possibilidades para múltiplas empresas. Por exemplo, hoje uma pequena empresa pode tornar-se global com a utilização de ferramentas diversas da Internet, em especial, com mídias sociais.

Sem dúvida o impacto é percebido. O problema maior para as empresas é que os modelos de negócio, de relações de trabalho e mesmo as leis não estão adequadas ao mundo de hoje e ao que vem pela frente. Se pudesse dar uma sugestão às empresas, diria de considerar inicialmente que se concentrem não somente em best practices, que é a grande pressão de curto prazo que têm, mas em prever next practices. Procurar compreender como vai ser o impacto sobre o negócio e consumidores, no seu planejamento para futuro.

Adicionalmente, é preciso entender que a Internet, novas mídias e novas tecnologias, não são um aspecto departamental, mas que permeia toda a empresa e que não pode estar restrito à TI, ao marketing, ou a um canal de venda. É algo que deve ser integrado, que afeta todas as vidas e sistemas do negócio.

Como exemplo, nesta semana usei o twitter para protestar de uma problema de uma empresa aéra. Em 8 minutos ela me seguiu e me abordou procurando saber do problema. Ou seja, bem feito até aí. A seguir me perguntou o que aconteceu e disse que estaria mediando o problema. Voltou para a área fim e retornou à estaca zero. No final, era melhor não ter intervisto. O resultado no final foi pior, levando a uma exacerbação de comportamento e até para a via judicial de minha parte.

Como foi colocado anteriormente, é mais que mão dupla é uma situação complexa na qual as empresa, principalmente as estabelecidas e de grande porte, apesar dos recursos, ainda engatinham. Por exemplo, telefones celulares, e-mails e mídias sociais chegam a reduzir 2 horas de produtividade de trabalhadores de conhecimento. Se enfoca a liderança, mas executivos não aprenderam que liderar nem sempre é possível pelo escritório e que a máxima antiga que de preferir falar a telefonar e telefonar a escrever se mantém para as mídias sociais.

Como disse, as estruturas, ferramentas de gestão e pessoas ainda não estão preparadas. As empresas de porte precisam encarar estes aspectos de forma estratégica e como um todo. As menores e da geração Y, vão aprender com a tentativa e erro. Acreditem com mais erro.

Precisam combinar visão de curto com longo prazo. Precisam entender que práticas fundamentais de hoje podem precisar ser substituídas e outras de amanhã precisam ser testadas hoje. Como está no livro de Collins e Hansen não é necessário mudar e inovar todo o tempo. É preciso que aquilo que se vai inovar seja testado, medido e implementado. Que tenha coerência com o todo e com as pessoas que estão envolvidas.

domingo, 5 de agosto de 2012

Cinco conselhos para a Internacionalização da sua empresa

As empresas crescem e no contexto de competição global, na busca por novos mercados, internacionalizam. A lógica é simples. Busca por mais clientes em novos mercados. Existem diversos exemplos destas empresas globais que admiramos, como McDonalds, GE, Coca-Cola, dentre dezenas de outras. Países e mais países se orgulham de suas grandes empresas multinacionais, como a FIAT na Itália, a SAP na Alemanha, a Vale no Brasil, a Toyota no Japão ou o Carrefour na França.
Entretanto, escolher a forma que se entra em um país estranho ao seu não é evidente. No passado foi difícil para os bancos como o BBVA que investiu muito para ter uma pequena fatia de mercado no Brasil. Foi difícil para a Vale na sua operação com a Inco no Canadá que em meados de 2009 ficou em greve por praticamente um ano.
As explicações para a entrada das empresas em mercados internacionais são em geral econômicas, e não consideram as pressões institucionais que sofrem. A adaptação que as empresas precisam fazer ao enfrentar ambientes desconhecidos e instáveis é que está no centro do seu sucesso ou fracasso na sua empreitada internacional. Isto quer dizer que precisam se adaptar à cultura, às leis, ao contexto econômico e tecnológico. Quer dizer que têm que se adpatar às interações entre as empresas, como as questões de regulação, as associações industriais e outras organizações. Também têm que ajustar, em cada local às suas próprias normas. Estas pressões estão resumidas na figura a seguir.






Se assim é, porque as empresas não consideram como deveriam estes fatores ao escolher a forma pela qual vão atuar nos mercados estrangeiros? Por que consideram somente a oportunidade ou somente seus fatores de planejamento?
Em função disso, seguem cinco conselhos para você considerar quando estiver analisando a possibilidade de internacionalizar para algum país:

Conselho #1: Avalie a utilização de estratégias baseadas em parcerias quanto optar por entrar em um país com sistema institutional desenvolvidos. Ou seja, se você, por exemplo estiver pensando em montar sua filial na Europa, é seguro ter um parceiro local. O Boticário penou com sua operação de 25 anos em Portugal sozinho.
Conselho #2: Ao tentar entrar em países com ambientes normativos e culturais diferentes avalie estratégias colaborativas, como joint ventures, alianças estratégicas e aquisições parciais. O que queremos dizer é que se você pensa em ir para a China, África ou qualquer outro país muito diferente do Brasil, busque entrar de uma forma que o ambiente não te afete tanto, por isto busque formas colaborativas. A Marcopolo fez isto ao montar sua operação com a Tata na Índia. A Embraer também na operação com a China.
Conselho #3: Complementando o conselho #2. Se os mercados a entrar forem institucionalmente distantes, avalie a exportação antes de se aventurar. Se além de distante, possuírem requisitos legais específicos, avalie formas de entrada colaborativas (joint ventures, alianças estratégicas e aquisições parciais). Por exemplo, o setor bancário, de energia e outros costumam possuir requisitos legais muito específicos, assim é de avaliar exportar ou buscar um parceiro. Considerando a vinda para o Brasil, poucos bancos estrangeiros tiveram sucesso.
Conselho 4: Reforçando ainda mais os dois últimos conselhos. Se o sistema institucional do país de origem de sua empresa for mais desenvolvido que o do país em que quer entrar, avalie joint ventures ou aquisições de empresas locais. Se for o oposto, avalie um projeto de raíz, ou greenfied. Só avalie construir sua própria instalação em sistemas mais desenvolvidos que o do Brasil. Veja os problemas que a Petrobras enfrentou nos países do Mercosul.
Conselho 5: Lembre que as pressões da matriz da sua empresa vaia afetar as subsidiárias. Avalie a estratégia de joint venture ou aquisições quando as pressões internas forem menores, e as de investimento greenfield quando as pressões internas forem maiores. A Vale e a ABInBev são exemplos desta pressão por trabalhar conforme a matriz.

Este post foi baseado em artigo de acadêmico de Manuel Portugal Ferreira e Fernando Serra.

sábado, 21 de julho de 2012

De admiradas à extinção!

Sem dúvida o Vale do Silício foi a sensação dos últimos 25 anos. Jovens empreendedores de todas as partes do mundo sonharam em tornar-se milionários e famosos como muitos de negócios ligados à tecnologia.
O fato é que sabendo que a maior parte dos novos negócios não sucedem, tambémgrandes sucessos da nova era começam a falhar. Além do Yahoo que você pode ver a evolução nos infográficos abaixo outros negócios decairam.
O WSJ noticiou nesta semana negócios fabulosos que chegaram a extinção. A matéria fala de empresas que jovens empreendedores de todo o mundo quiseram ser fundadores e que declinaram. Os exemplos foram o Friendster, MySpace, Bebo, Napster e Tribe.net. A matéria pode ser lida em http://blogs.wsj.com/venturecapital/2012/07/13/five-social-media-companies-that-went-from-fabulous-to-flameout/?mod=e2tw.
Dentre diversos fatores, o fato é que o modismo e um negócio de "produto" único no mundo de hoje, ainda mais de tecnologia tem muita dificuldade em sobreviver, apesar de sucessos retumbantes.

The Brutal Decline of Yahoo

sábado, 14 de julho de 2012

Porque não somos tão produtivos, apesar de pensarmos que somos?

Nesta semana me perguntaram porque algumas pessoas trabalham tanto e não são produtivas. As principais falácias em relação à produtividade pessoal são:
1.       Trabalho muitas horas por dia e durmo pouco.
Se você fizer isso, sua capacidade cognitiva reduz e no final de semana de trabalho sua produtividade está baixa.
2.       Faço muitas tarefas e ainda simultaneamente.
Sem dúvida, por questões de timing e do trabalho como equipes, fazemos mais de uma tarefa. Eventualmente, até duas ao mesmo tempo. Mas deve ser feito com cuidado senão você vai cometer o erro da produtividade pessoal. A falta de acabativa, começar muito e terminar pouco.
3.       Faço eu mesmo.
Lembre-se que muito do que você faz não é preciso ou pode ser feito melhor por outros. Delegar é fundamental e trabalhar com outros é importante e só aumenta seu resultado.
4.       Faço rápido e começo logo
As atividades necessitam de priorização e de planejamento mesmo que seja uma lista simples do que fazer. Fazer rápido e começar logo cria um efeito equivalente ao de muitas tarefas.
5.       Uso Internet, mídias sociais, celular e outros gadgets
Cuidado, diversas pesquisas mostram que as pessoas por falta de disciplina, perdem duas horas de trabalho por dia. Lembre que certas atividades precisam de concentração.
6.       Sou um decisor.
Levantamentos mostram que você se envolve em mais de cem atividades por semana. Tente delegar mais e priorizar o que é importante.
Lembre que a produtividade é sua e, que é você que se perde no dia-a-dia.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Os executivos de sucesso são narcisistas? E você - faça o teste.

Eu, especialmente admiro o trabalho do Prof. Donald Hambrick. Há anos ele estuda o desempenho dos CEOs. Um de seus estudos com Arijit Chatterjee foi sobre o narcisismo de executivos.
Recentemente li dois livros que reportam, de certa forma, o comportamento narcisista e não narcisista. No de Collins e Hansen, Vendedoras por Opção, os executivos das empresas de sucesso não apresentam comportamento narcisista. No livro de Tedlow, Miopia Corporativa, Henry Ford transita, em minha opinião, de um comportamento de um grande realizador, para um comportamento narcisista.
Os resultados de CEOs narcisistas nos trabalhos de Hambrick, são mais voláteis, variando de desempenhos eventualmente excepcionais a péssimos. Como aconteceu como Henry Ford, executivos narcisistas tendem a não enxergar suas decisões erradas e resultados negativos, não são disciplinados e renegam indicadores. Executivos narcisistas também adoram adulações sociais e midiáticas, fazem grandes aquisições que muitas vezes destroem o valor para o acionistas. Aliás, algo que mudou a cabeça de Ford com seu sucesso.
Muitos CEOs podem se enquadrar aqui, mas por exemplo, não acho que seja o caso do falecido Steve Jobs. Pelas características era mais um grande realizador de temperamento difícil que um narcisista.
Curiosamente, na viagem recente à Índia vi que muitos executivos indianos mostram necessidade de estar com fotos maiores nos cartazes que seus empreendimentos. Parece ser importante para eles mostrar o tamanho e dimensão dos negócios. Como certeza diferentes culturas relacionam-se a diferentes comportamentos. Mas me vem a vontade de estudar o comportamento narcisico em relação ao excesso de auto-confiança, e otimismo na tomada de decisão.
Existe aparentemente uma fronteira tênue entre o grande realizador e o narcisista. Com certeza, como no exemplo de Henry Ford, de um pode-se virar outro se não tomar cuidado. E você? Qual o seu comportamento, comum, de grande realizador ou narcisista?

sábado, 7 de julho de 2012

Existem cinco tipos de empresas, segundo um anônimo.

Um anônimo disse existir cinco tipos de empresas. Aquelas que fazem as coisas acontecer. Aquelas que pensam que fazem as coisas acontecer. Aquelas que vêem as coisas contecer. Aquelas que se perguntam o que aconteceu. Aquelas que não sabem o que aconteceu.

Na verdade, não são cinco tipos de empresas, mas estágios pelos quais as empresas passam. Permanecer como aquelas que fazem acontecer para sempre é uma tarefa complicada, pois as empresas são entes complexos. O que não pode acontecer é passar por todos estes estágios e ao chegar ao final, não se dar conta do que aconteceu.
O livro de Collins e Hansen, Vencedoras por Opção, fala daquelas que fazem acontecer. Mas um outro livro interessante é o Miopia Corporativa, de Tedlow, recém lançado pela HSM Editora. Para quem estuda declínio é um livro importante, pois trata de um tema ligado à dificuldade de tomar as decisões mais óbvias e importantes, mesmo que os fatos remetam a estas decisões. O próprio Collins recomenda o livro.

O livro apresenta vários casos interessantes, mas o de Henry Ford foi um caso interessante de negação. Um caso de um grande empreendedor que ficou preso na própria visão mesmo que os fatos dissessem o contrário. É claro que não na mesma proporção, mas a visão do Tata Nano, é de certa forma parecida com a do Ford T e, pelo menos em minhas observações na Índia, o carro não teve a aceitação esperada, mesmo pelo preço. Vale ler e comparar.

domingo, 17 de junho de 2012

Aprendendo com as Vencedoras por Opção

Vencedoras por Opção é o novo livro de Jim Collins e Morten Hansen, lançado em 2012 pela HSM Editora. Para mim, talvez pelo meu encantamento com o tema, até então eu tinha, como também me foi explicitado por Jeffrey Pfeffer, achado How the Mighty Fall, sobre declínio organizacional o melhor livro de Jim Collins.



Gostei muito de Vencedoras por Opção e, posso afirmar que os dois livros têm muito em comum. Ambos são livros extensos. Vale lembrar que um boa parte do livro apresenta os métodos e dados. Aliás, um ponto forte do livro, e que passa bastante consistência em relação aos ensinamentos. Também são ambos livros de fácil leitura, claros na mensagem, objetivos e bastante focados.
Em Vencedoras por Opção os autores analisaram dados de 15 anos de pesquisa, comparando pares de empresas vencedoras, chamadas de 10x e um par de empresas vencedoras, chamadas de 10x e um par que estaria nas mesmas condições de competição.
Vencedoras por Opção aborda, assim, o contraste entre sucesso e falha!
As empresas de sucesso são chamadas de 10X porque ultrapassaram em pelo menos dez vezes a média dos seus setores nos 15 anos estudados. Vale lembrar que estas empresas competiram em ambientes sijeitos a grandes pressões e mudanças que as empresas líderes não puderam prever ou controlar.
O livro traz alguns ensinamentos:
- As empresas 10X não arriscam mais, não são mais vissionárias, e nem mais criativas que as com as quais foram comparadas. São sim, mais disciplinadas, mais empíricas e paranóicas.
- A inovação não é necessariamente uma certeza em um mindo incerto. As 10X mostraram que o mais importante é escalar a inovação, usando criatividade com disciplina.
- Liderar num mundo tão dinâmico não requer decisões e ações rápidas. Pelo contrário, as melhores empresa mudaram menos.
Os autores colocam o conceito da 'marcha das 20 milhas'. Comentam que a inconsistência diária não é uma arrancada, mas com crescimento sob controle. Gerenciar o longo prazo, gerenciar a estratégia dual, como apregoado por Derek Abell.
Também apregoam 'disparar balas' e não 'balas de canhão'. Ou seja, as empresas devem experimentar antes de alavancar. As melhores empresas não gastavam mais de 5% do seu faturamento nos novos desenvolvimentos. Experimentar e se errar, errar rápido e aprender.
Estas empresas praticavam o SMaC - específico, metódico e consistente. Praticam enfim, uma estratégia consistente, compartilhando o poder da visão comum e de cultura forte. Deixam claras as opções excludentes das escolhas que fazem, os trade-offs apregoados por Michael Porter.
O livro tem um capítulo específico sobre sorte. Na verdade sorte ou oportuidades positivas aparecem para as 10X como para o seu par de comparação. Entretanto, as 10X alavancam mais os eventos de sorte.
As 10X não existiria, sem a marcha de 10 milhas ou de praticarem o SMaC, e se os seus líderes não impusessem uma disciplina fanática, perseguissem a paranóia produtiva e praticasse a criatividade empírica.
Vejam no link http://www.youtube.com/watch?v=8DX1l7Tlq24&list=UUwjfLrtsBZFuxR96fjUTQUQ&index=1&feature=plcp