domingo, 5 de agosto de 2012

Cinco conselhos para a Internacionalização da sua empresa

As empresas crescem e no contexto de competição global, na busca por novos mercados, internacionalizam. A lógica é simples. Busca por mais clientes em novos mercados. Existem diversos exemplos destas empresas globais que admiramos, como McDonalds, GE, Coca-Cola, dentre dezenas de outras. Países e mais países se orgulham de suas grandes empresas multinacionais, como a FIAT na Itália, a SAP na Alemanha, a Vale no Brasil, a Toyota no Japão ou o Carrefour na França.
Entretanto, escolher a forma que se entra em um país estranho ao seu não é evidente. No passado foi difícil para os bancos como o BBVA que investiu muito para ter uma pequena fatia de mercado no Brasil. Foi difícil para a Vale na sua operação com a Inco no Canadá que em meados de 2009 ficou em greve por praticamente um ano.
As explicações para a entrada das empresas em mercados internacionais são em geral econômicas, e não consideram as pressões institucionais que sofrem. A adaptação que as empresas precisam fazer ao enfrentar ambientes desconhecidos e instáveis é que está no centro do seu sucesso ou fracasso na sua empreitada internacional. Isto quer dizer que precisam se adaptar à cultura, às leis, ao contexto econômico e tecnológico. Quer dizer que têm que se adpatar às interações entre as empresas, como as questões de regulação, as associações industriais e outras organizações. Também têm que ajustar, em cada local às suas próprias normas. Estas pressões estão resumidas na figura a seguir.






Se assim é, porque as empresas não consideram como deveriam estes fatores ao escolher a forma pela qual vão atuar nos mercados estrangeiros? Por que consideram somente a oportunidade ou somente seus fatores de planejamento?
Em função disso, seguem cinco conselhos para você considerar quando estiver analisando a possibilidade de internacionalizar para algum país:

Conselho #1: Avalie a utilização de estratégias baseadas em parcerias quanto optar por entrar em um país com sistema institutional desenvolvidos. Ou seja, se você, por exemplo estiver pensando em montar sua filial na Europa, é seguro ter um parceiro local. O Boticário penou com sua operação de 25 anos em Portugal sozinho.
Conselho #2: Ao tentar entrar em países com ambientes normativos e culturais diferentes avalie estratégias colaborativas, como joint ventures, alianças estratégicas e aquisições parciais. O que queremos dizer é que se você pensa em ir para a China, África ou qualquer outro país muito diferente do Brasil, busque entrar de uma forma que o ambiente não te afete tanto, por isto busque formas colaborativas. A Marcopolo fez isto ao montar sua operação com a Tata na Índia. A Embraer também na operação com a China.
Conselho #3: Complementando o conselho #2. Se os mercados a entrar forem institucionalmente distantes, avalie a exportação antes de se aventurar. Se além de distante, possuírem requisitos legais específicos, avalie formas de entrada colaborativas (joint ventures, alianças estratégicas e aquisições parciais). Por exemplo, o setor bancário, de energia e outros costumam possuir requisitos legais muito específicos, assim é de avaliar exportar ou buscar um parceiro. Considerando a vinda para o Brasil, poucos bancos estrangeiros tiveram sucesso.
Conselho 4: Reforçando ainda mais os dois últimos conselhos. Se o sistema institucional do país de origem de sua empresa for mais desenvolvido que o do país em que quer entrar, avalie joint ventures ou aquisições de empresas locais. Se for o oposto, avalie um projeto de raíz, ou greenfied. Só avalie construir sua própria instalação em sistemas mais desenvolvidos que o do Brasil. Veja os problemas que a Petrobras enfrentou nos países do Mercosul.
Conselho 5: Lembre que as pressões da matriz da sua empresa vaia afetar as subsidiárias. Avalie a estratégia de joint venture ou aquisições quando as pressões internas forem menores, e as de investimento greenfield quando as pressões internas forem maiores. A Vale e a ABInBev são exemplos desta pressão por trabalhar conforme a matriz.

Este post foi baseado em artigo de acadêmico de Manuel Portugal Ferreira e Fernando Serra.

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