Recentemente foi
publicada uma matéria no jornal Valor Econômico, reproduzida do New York Times.
A matéria destaca a banalização do termo inovação. Todas as empresas são
inovadoras, inovação é qualquer coisa e não importa a situação, tipo de
negócio, como é feito e acontece. Tudo e qualquer coisa é inovação.
Na matéria Clayton
Christensen, sem dúvida o mais difundido autor no tema e autor do livro
Innovators DNA que será lançado em breve pela HSM Editora, comenta:
"A
maioria das empresas diz que é inovadora na esperança de levar o investidor a
crer que há crescimento
onde não há".
A tabela abaixo resume
alguns números que ressaltam como o tema está em voga e com o risco de ser
banalizado como um modismo.
Citação
do termo inovação nos relatórios de empresas.
Fonte:
SEC/USA
|
33358
vezes
|
Aumento
de 5x em relação a 2006.
|
Uso
da palavra por empresas nos relatórios anuais
|
Apple
Google
Procter
& Gamble
Scotts
Miracle
Campbell
Soups
|
22
vezes
14
vezes
22
vezes
21
vezes
14
vezes
|
Pesquisa
na Amazon.com
|
250
livros de inovação
|
Lançados
nos últimos 3 mees
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Áreas
de diretorias de inovação
|
4
em cada 10 empresas
|
Menção
pelos executivos
Fonte:
Capgemini
|
Segundo a matéria, o
primeiro registro da palavra inovação, vem de um documento do século XV e está
relacionado a renovação e mudança. Mas a divulgação mais extensiva do termo,
acontece em consequência dos trabalhos de Utterback e de Christensen.
Para
Christensen, há três tipos de inovação: a inovação na eficiência, pela qual o mesmo produto é feito a um custo menor,
como a automatização da consulta ao cadastro de crédito de alguém; a inovação
sustentadora, que converte um produto já bom em algo ainda melhor, como o carro
híbrido; e a inovação de ruptura, que transforma coisas caras e complexas em
algo simples e mais acessível, como a migração do mainframe para o microcomputador.
Para
a empresa, o maior potencial de crescimento reside na inovação de ruptura, diz.
Christensen observa que as demais modalidades poderiam muito bem ser chamadas
de progresso comum — e normalmente não criam mais empregos nem negócios.
Como
a inovação de ruptura pode levar de cinco a oito anos para dar frutos, diz ele,
muita empresa perde a paciência.
Para
a empresa é bem mais fácil, acrescenta o autor, apenas dizer que está inovando.
"Todo mundo está inovando, pois qualquer mudança virou inovação".
A HSM há muitos anos
realiza seu fórum de inovação e, neste ano traz um novo evento, o fórum de
Novas Fronteiras da Gestão a ser realizado em agosto de 2012 (http://eventos.hsm.com.br/foruns/forum-hsm/novas-fronteiras-da-gestao-2012/).
Neste fórum vai discutir o futuro, sobretudo a influência da tecnologia, nos
negócios. Também, na HSM Educação, temos o curso de inovação estratégica, coordenado por Solange Mata Machado e material exclusivo de Vijay Govindarajan, com a
segunda turma iniciando em São Paulo (http://www.hsmeducacao.com.br/Cursos/EDP-HSM/EDP-HSM-em-Inovacao-Estrategica/8).
Neste ano, como foi dito, a HSM Editora lança o livro O DNA dos Inovadores, no
qual Christensen é co-autor (http://hsmeditora.com.br/clayton-m-christensen/?autor).
Clayton Christensen com Solange Mata Machado,
coordenadora do EDP em Inovação Estratégica da HSM Educação.
Estes fatos mostram a
importância da inovação para a HSM e como é importante não deixar que o termo
se banalize. Inovação, como foi mencionada na raiz da palavra está sem dúvida
relacionada com renovação e mudança. Está sem dúvida, no nível mais amplo da
empresa relacionado com estratégia.
O que está claro é que
desde que o termo passou a dominar o discurso das empresas, ele deixou de ser
um termo de tecnologia ou de produto, para virar um termo relacionado ao
projeto e muitas vezes à orientação do negócio como um todo.
Inovação para a HSM está
relacionado à estratégia, pois a vantagem competitiva de uma organização não
pode ser mais garantida somente com produtos e mercados.
Inovação é inventar novos processos de
negócios, transformar a essência de organizações e criar mercados totalmente
novos que atendam as necessidades não satisfeitas de consumidores.




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