sábado, 10 de setembro de 2011

Steve Jobs novamente - distintos CEOs, resultados diferentes

Muitos estão escrevendo acerca da saída de Steve Jobs do comando da Apple, como fiz no post anterior. Dentre estes artigos, Jeff Dyer e Hal Gegersen escreveram sobre a sua substituição por Tim Cooke e a inovação.

Eles apresentaram dados que na ausência de Jobs da Apple entre 1986 e 1998 as inovações da empresa caíram de 37% positivos de crescimento, para 31 % negativos no período. Jobs retornou e reestruturou seu time e após 2005 a empresa aumentou 52% considerando os dados de inovação. Do iMac e iTunes para o iPod, iPhone e iPad.

Os autores comentam também desta dificuldade na substituição. Outros, como  Leander Kahney, autor  de dois livros sobre a empresa, acham que seu DNA está imbutido na empresa e que ela continuará a inovar.

A contribuição de Cook foi sem dúvida notável para a Apple como segundo de Steve Jobs. Cook, ex-executivo da Compaq, deixou a empresa em 1998, quando estava no auge, para ir para a Apple.
Ele fez a empresa crescer pelas cadeias de produção e pela nova forma de distribuição.

Apesar da talvez excelência de gestão implementada por Cook na Apple, nada garante que ele consiga dar um passo além em inovação.

A base de desenvolvimento do iPad e iPhone vieram do iPod. Sem dúvida os Apps são uma inovação genial. Mas como garantir que vão continuar? A história de outras empresas, como a Sony de Akio Morita, que foi substituída pela Apple neste quesito.

Alguns argumentam que Jobs fez isto na Pixair. Mas ele sempre esteve com outros criativos em cnjunto. É claro que devem existir pessoas criativas na Apple, mas elas nunca apareceram ou dividiram o palco com Jobs em todos os lançamentos.

Pessoalmente, os produtos Apple me atraem. No portfolio da empresa existem novos produtos, mas sabemos que produtos e mercados significam pouco para garantir sustentabilidade e competição com ciclos de vida mais curtos e tempos de desenvolvimento mais curtos ainda. Em tempos nos quais, nos países emergentes existe uma nova leva de consumidores abertos a inovações e com distintas necessidades.

Apesar da pujança, do estoque de novidades e da imagem da marca, a Apple é uma empresa nova, passando pelo seu maior desafio e que poucas empresas conseguiram superar, como em geral a GE tem conseguido. A sucessão e a inovação estratégica é este desafio. Mais uma vez finalizo colocando que vamos acompanhar, e que só o tempo irá. Cook e Jobs são muito diferentes.

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