quarta-feira, 2 de novembro de 2011

MORTE PREMATURA OU CRISE DOS 40 - O triste fim de empresas promissoras ou até daquelas que admiramos. - PARTE I

A morte prematura de empresas é quase um lugar comum no discurso do tema de empreendedorismo. Dados de fontes diversas apontam que quase a totalidade das empresas não ultrapassa os dez anos de idade. Neste caso, a morte prematura pode estar ligada à falta de apoio ou de recursos organizacionais iniciais (dinheiro, funcionários competentes, carteira de clientes etc), problemas de planejamento e de posicionamento, falta de qyalidade do produto etc. É nestes temas e alguns outros mencionados que o SEBRAE e outras organizações que se dedicam à pequena empresa e ao empreendedorismo em geral, procuram atuar para tentar diminuir a morte prematura.

Entretanto, o que preocupa, é que mesmo sobrando tão poucas empresas, a maior parte morre ou perde competitividade de forma significativa a partir dos 30/40 anos de idade. Em estudos que têm sido realizados por mim, em conjunto com os professores Manuel Portugal Ferreira, Alexandre Pavan Torres e Martinho Ribeiro de Almeida, constatamos que cerca de 80% de empresas maduras, por exemplo, as que fazem parte do ranking das Maiores e Melhores da Revista Exame, perdem competitividade após 30 a 40 anos de idade.

Ao longo da transição da década de 1980 para a década de 1990, o Brasil passou por muitas mudanças. Em especial, a abertura gradual a partir do Governo do Presidente João Figueiredo, até a abertura abrupta do Governo Fernando Collor. Deste período em diante o ambiente competitivo brasileiro ficou mais acirrado e mutável.

No período mencionado ouvíamos reclamações de organizações dos diversos setores de atividade e pedidos de mecanismos de proteção para as empresas. No entanto, por exemplo, pela análise de diversos casos da indústria textil, ou da indústria-eletro eletrônica, em especial, da Gradiente, observamos que existiam diversas fragilidades internas que impossibilitaram ou dificultaram que as empresas conseguissem competir sem a proteção de um mercado fechado à importação de produtos melhores e produzidos a um menor custo.

É na verdade do lado de dentro das organizações, em função de seus recursos, capacidades ou competências organizacionais, que elas são capazes de competur e de ter alguma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes. Isto é o que vimos nas empresas que alcançam algum sucesso como a Natura, Vale, Cacau Show, dentre outras nestes últimos anos de competição ainda mais acirrada. Empresas assim, focam no momento e no seu negócio centrarl. Se antecipam e buscam estar desenvolvendo novos produtos, serviços, métodos, processos e mercados para conseguir continuar a manter sua vantagem competitiva.

É preciso parar de reclamar de que existem concorrentes e que a concorrência é injusta. É preciso fazer a sua parte e mostrar que é melhor que os demais. Isto é o que se vê naqueles poucos que sobrevivem e alcançam o sucesso por dezenas e alguns menos por mais de uma centena de anos.

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