Li um conjunto de artigos da revista Fortune, nos quais, comentando que o título pareceria o início de uma piada: porque os advogados são tão maus gestores? As matérias comentam a grande rotatividade dos escritórios de advocacia americanos, num levantamento recente 19%, enquanto que as empresas líderes de outros setores apresentam rotatividade de 2 a 3%. Nos artigos, comentam, também, da não preparação de advogados para administrarem negócios. Também do fato de as faculdade de advocacia, em geral, não prepararem os advogados para serem gestores.
Um primeiro aspecto que me chama atenção, é o pouco conhecimento que temos sobre o funcionamento dos escritórios de advocacia. Eu, pessoalmente, tive a oportunidade de participar durante o tempo como consultor de um escritório. Não notei, como empresa, uma grande diferença para empresas fundadas por empreendedores técnicos. Entretanto, notei algumas diferenças em relação aos advogados.
Me pareceu que os advogados são preparados para vôos solo, o que de certa forma traz alguma semelhança com os médicos. Nas oraganizações de saúde, em especial, nos hospitais, médicos são prestadores de serviço. Nos escritórios de advocacia, pela forma de organização uniprofissional, os advogados são sócios. Também parece que os advogados, como os arquitetos, querem ter seu nome na placa do escritório.
Não me parece que o problema, pelo menos no Brasil, seja somente de gestão, mas da falta do conhecimento, ou do pouco conhecimento (imagino que existam consultores que tenham), da gestão destes tipos de negócios. No Brasil temos exemplos de escritórios de porte como Pinheiro Neto e, poderíamos nos dedicar a conhecer melhor. Vale a ressalva que os advogados, pela própria profissão, parecem ser avessos a mostrarem seus negócios.
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
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