sábado, 26 de novembro de 2011

Innovators DNA - comentando o novo livro de Clayton Christensen

Clayton Christensen, um dos colaboradires da HSM no Brasil, foi recentemente eleito o pensador mais influente no 50 http://www.thinkers50.com/results/2011.

O literalmente gigante Clayton Christensen
com Marcos Barboza no stand da ExpoManagement 2011,
debatendo sobre o modelo da HSM Educação



Ele é autor renomado de livros ligados ao tema de inovação em especial escreveu Innovators Dilema utilizado e citado não só por praticantes, mas por pesquisadores e professores. Seu último livro é um trablho que participou orientando. De autoria de Jeff Dyer, Hal Gregersen, Clayton M. Christensen, Innovators DNA busca responder à seguinte peregunta de pesquisa: quais são as habilidades a serem desenvolvidas por um pensador inovador (pode ver mais e conhecer os autores no site http://innovatorsdna.com/).


Christensen, Dyer e Gerhersen


O livro resgata, confirma e reorganiza conceitos ligados às características de inovadores. Na minha leitura não se procupa como construir uma empresa de sucesso, mas em como trabalhar as competências pessoais ligadas à inovação.



Não é um livro voltado para a academia, embora na introdução fique clara a consistência acadêmica do trabalho realizado. Em primeiro lugar, o livro é baseado numa pesquisa consistente e validada em um periódico acadêmico importante, o Strategic Entrepreneurship Journal, editado pela Strategic Management Society e que tem como um de seus editores Jay Barney, autor reconhecido pela contribuição para a abordagem teórica da Visão Baseada em Recursos. Para ver o artigo original acessar o link http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/sej.59/abstract . Também foi publicado um artigo sobre o conceito na Harvard Business Review que pode ser acessado pelo link http://www.epicentret.dk/hbr.pdf

A pesquisa grounded, a partir de informações originais coletadas de inovadores reconhecidos e foras de série (outliers), teve também um trabalho quantitativo, validado estatisticamente com mais de 500 "inovadores" de diversas origens. Aproveitei para ler o artigo também publicado em 2011 no Strategic Entrepreneurship Journal mencionado anteriormente. Adicionalmente, os autores resgatam os principais trabalhos sobre o tema e cdeixam claro a lacuna que pretendem responder, também mencionada.

O livro foi escrito para pessoas comuns e para executivos. Meu cuidado em ler o livro e em verificar sua cionsistência também está ligado ao fato deste livro ter sido selecionado para publicação pela editora HSM. Ao tratar-se de um livro escrito para pessoas comuns, ele usa exemplos de diversos outliers, e especialmente de Steve Jobs.
Estranhamente identifiquei somente uma crîtica negativa ao livro feita por um praticante/consultor brasileiro. Uma delas foi justamente o fao de usar o Steve Jobs como exemplo. Pessoalmente não acho que isto seja demérito. Vale lembrar que diversos clássicos da literatura de gestão escritos para executivos usavam os mesmos exemplos, mas com abordagens complementares e que facilitam a compreensão do leitor ao colocar algo e de certa forma ouviu e conhece. Por exemplo em Competindo pelo Futuro de Hamel e Prahalad, Estratégia Competiptiva de Michael Porter e Feitas para Durar de Collins e Porras, Honda, Southwest Airlines, SWATCH, Microsoft e GE são exemplos comuns.
Adicionalmente o livro tem o intuito de vender muito. Isto pode parecer para alguns que seja ruim, mas pelo contrário é uma forma inteligente de divulgar um trabalho com base em ciência e não em fatos isolados. Aliás o autor das críticas é autor de livros que trabalham muito insights e exemplos. Neste caso, o livro em questão tem base em pesquisa.

Afinal, do que trata o livro?

O livro apresenta o resultado da pesquisa na qual cinco habilidades são importantes para desenvolver um perfil inovador: associação, questionamento, observação, networking e experimentação. Ao longo do texto são apresentadas as habilidades e exemplos. A associação é definida como a habilidade de conectar diferentes ideias, objetos, tecnologias e outros e, a partir destas gerar inovações.

Inovadores são questionadores e confrontam o status quo. Preocupam-se com perguntas para buscar novas soluções, alíás, algo defendido por Peter Drucker de outra forma.

Inovadores também são grandes observadores. Nesta semana recebemos Derek Abell, ele observou que o principal papel de uma pesquisa de mercado não é perguntar aos consumidores o que querem, mas observar como se comportam. Os inovadoras observam também outras empresas concorrentes e buscam novos insights.

O networking é considerado importante para qualquer pessoa, mas inovadores utilizam-se de seus relacionamentos e da possibilidade de acessar outros para buscar novas ideias e para testar seus conceitos.

Inovadores exeperimentam para não só acessar, mas testar novas ideias.

Você pode acessar a uma entrevista com Hal Gregersen em http://youtu.be/Xy6Ex1C_SAs

O site do livro possibilita o acesso a diversas informações, incluindo um teste de suas capacidades http://innovatorsdna.com/

O livro abre uma porta para o desenvolvimento de treinamentos para competências pessoais. Integra e confirma trabalhos anteriores acrescentando mais uma gota de conhecimento em um copo ainda por encher.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os mais influentes pensadores do mundo e a HSM.


Foram recentemente eleitos os 50 maiores pensadores da atualidade para o ano de 2011. O resultado pode ser acessado pelo link http://www.thinkers50.com/results/2011.
Sem dúvida a HSM ao longo dos seus 24 anos de existência tem apresentado ao Brasil pensadores nacionais e internacionais de renome. Também tem colocado seus conceitos na revista HSM Management e pela Management TV.  Não é presunçoso dizer que, de certa forma, que a HSM tem influenciado e aprimorado o pensamento em gestão dos executivos brasileiros, assim como, influenciado a venda de livros e o ensino de graduação, e a educação executiva do país.
Talvez seja suspeito na minha situação como executivo da HSM Educação, a nova área de atuação da HSM, defender este ponto de vista. Entretanto, não é de hoje este meu ponto de vista e, nem é exclusividade minha. Diversos executivos de topo do meu relacionamento, assim como, outros tantos acadêmicos e pesquisadores, compartilham de minha opinião.
A eleição destes 50 principais pensadores também reforça esta opinião. Para não argumentar sobre toda a lista, vou comentar somente sobre os 10 mais votados.
Clayton Christensen foi o primeiro da lista. Professor e pesquisador da Harvard Business School tem sido ouvido pelos executivos brasileiros nos eventos da HSM ao apresentar de forma digerível suas pesquisas sobre inovação e inovadores. Foi assim com seus trabalhos anteriores e que deram origem aos livros Innovators Dilemma e Innovator´s Solution, e assim será com o novo trabalho, ao qual orientou e é co-autor, The Innovator´s DNA. Além de ter realizado a palestra na ExpoManagement 2011, na semana passada, seu livro também será um dos lançamentos da HSM Editora para o início de 2012. Neste novo empreendimento a HSM visa trazer o melhor pensamento de gestão para o executivo brasileiro.
           O gigante, literalmente, Clayton Christensen com nossa 
           coordenadora do EDP de Inovação, Sloange Mata Machado, 
         que mediou uma de suas palestras em evento paralelo da
      ExpoManagement 2011.


Em seu novo livro Christensen, com Dyer e Gregersen, apresentam de forma executiva sua pesquisa publicada no Strategic Entrepreneurship Journal , o periódico acadêmico de empreendedorismo da Strategic Management Society (talvez consigam ler no link http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/sej.59/pdf ). Isto valoriza ainda mais o livro, visto que, os autores deixam claro como de forma consistente conseguiram através da pesquisa, trazer novos insights para executivos e para os cidadãos comuns, em geral sobre as habilidades a serem desenvolvidas pelos inovadores de sucesso.
Em segundo lugar, estão Chan Kim e Renée Maubourgne, professores do INSEAD. Autores do best seller Blue Ocean Strategy, um dos livros mais vendidos, lidos e utilizados por professores e executivos nos últimos tempos. Dentre outros exemplos, tornou famoso o caso do Circ du Soleil. Este livro foi composto por diversos artigos publicados pelos autores na Harvard Business Review a partir de suas pesquisas. Também Kim e Mauborgne são palestrantes usuais da HSM.  
Vijay Govidarajan, além de palestrante usual na HSM, é o padrinho do EDP de Inovação Estratégica da HSM Educação. Já era um autor consagrado pelo seu livro de custos em co-autoria com Anthony, mas se tornou o expert internacional mais renomado no tema inovação estratégica. Govindarajan traz sua marca para o curso da HSM educação que está sendo ofertado em nossas instalações em São Paulo e estará sendo ofertado em todo o Brasil a partir do próximo ano. No curso, Vijay apresenta conteúdos exclusivos em nossos C-Books, como para atividades desenvolvidas a partir destes conteúdos por nossos professores em aula. Ele estará novamente nos eventos da HSM no próximo ano.
Jim Collins quando veio a primeira vez ao Brasil pela HSM ainda era chamado de James Collins. O famoso autor de Build to Last, Good to Great e How the Might Fall, será também autor  de um best seller da HSM Editora para o próximo ano, Great by Choice, recém lançado nos EUA.
                                                     Com Philip Kotler, Valéria Valença, Jim Collins, Hans Donner
                                                     e José Salibi Neto na ExpoManagement de 2010.
Michael Porter, em quinto lugar, foi e tem sido trazido constantemente pela HSM. Sem dúvida o autor de estratégia mais conhecido, também trouxe seus insights sobre o setor de saúde para o Brasil. A HSM Editora vai lançar também neste próximo ano um livro sobre sua obra, supervisionado por ele. Porter estará novamente na ExpoManagement de 2012 apresentando novas ideias.
Roger Martin, o sexto colocado, pioneiro em Design Thinking. Discorda sobre o pensamento integrado e liderança. Fará parte do grupo de experts que estarão nos eventos da HSM em 2012. Marshall Goldsmith, em sétimo, é um famoso coach e que tem mudado a vida de líderes e organizações e, que também estará presente na HSM em 2012. Marcus Buckingham, o oitavo, esteva agora conosco na ExpoManagement. É conhecido por seu trabalho sobre a importância de focar os pontos fortes das pessoas e com isto melhorar seus resultados.  Don Tapscot em nono lugar também estará nos eventos da HSM no próximo ano. Finalmente o décimo colocado, também palestrante da HSM.
  Marcus Buckingham com Marcos Barboza 
da  HSM Educação na ExpoManagement 2011.
Aliás, ao conferir a lista dos 50 mais importantes pensadores de 2011, praticamente todos são palestrantes da HSM. Mais importante, pensadores como Jeffrey Pfeffer de Stanford, reconhecido pela consistência dos seus trabalhos sobre "Poder" e por ser um dos autores da teoria da dependência de recursos, ainda hoje base para diversas pesquisas, é o responsável pelo conteúdo exclusivo do EDP em Gestão de Pessoas da HSM Educação e, esteve neste ano em programa especial da HSM no Rio de Janeiro. Dave Ulrich, similarmente é responsável pelo nosso conteúdo do EDP em Liderança. Ulrich é mais citado autor no tema (procurem no google, por exemplo) e reconhecido pesquisador e consultor no tema.
                                                       Com Jeffrey Pfeffer no evento do Rio de Janeiro em 2011.

    Com Dave Ulrich e seu co-autor Norm Smallwood
nas instalações da HSM Educação em 2011.
A HSM com seus eventos e revista já traziam o melhor da gestão para o Brasil. Agora complementa e aumenta sua influência ao incorporar a HSM Editora e, sobretudo a HSM Educação que com um modelo inovador e em parceria com as melhores universidades do país vai impactar a educação executiva brasileira. Orguhoso de poder participar e de poder compartilhar!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

MORTE PREMATURA OU CRISE DOS 40 - O triste fim de empresas promissoras ou até daquelas que admiramos. - PARTE I

A morte prematura de empresas é quase um lugar comum no discurso do tema de empreendedorismo. Dados de fontes diversas apontam que quase a totalidade das empresas não ultrapassa os dez anos de idade. Neste caso, a morte prematura pode estar ligada à falta de apoio ou de recursos organizacionais iniciais (dinheiro, funcionários competentes, carteira de clientes etc), problemas de planejamento e de posicionamento, falta de qyalidade do produto etc. É nestes temas e alguns outros mencionados que o SEBRAE e outras organizações que se dedicam à pequena empresa e ao empreendedorismo em geral, procuram atuar para tentar diminuir a morte prematura.

Entretanto, o que preocupa, é que mesmo sobrando tão poucas empresas, a maior parte morre ou perde competitividade de forma significativa a partir dos 30/40 anos de idade. Em estudos que têm sido realizados por mim, em conjunto com os professores Manuel Portugal Ferreira, Alexandre Pavan Torres e Martinho Ribeiro de Almeida, constatamos que cerca de 80% de empresas maduras, por exemplo, as que fazem parte do ranking das Maiores e Melhores da Revista Exame, perdem competitividade após 30 a 40 anos de idade.

Ao longo da transição da década de 1980 para a década de 1990, o Brasil passou por muitas mudanças. Em especial, a abertura gradual a partir do Governo do Presidente João Figueiredo, até a abertura abrupta do Governo Fernando Collor. Deste período em diante o ambiente competitivo brasileiro ficou mais acirrado e mutável.

No período mencionado ouvíamos reclamações de organizações dos diversos setores de atividade e pedidos de mecanismos de proteção para as empresas. No entanto, por exemplo, pela análise de diversos casos da indústria textil, ou da indústria-eletro eletrônica, em especial, da Gradiente, observamos que existiam diversas fragilidades internas que impossibilitaram ou dificultaram que as empresas conseguissem competir sem a proteção de um mercado fechado à importação de produtos melhores e produzidos a um menor custo.

É na verdade do lado de dentro das organizações, em função de seus recursos, capacidades ou competências organizacionais, que elas são capazes de competur e de ter alguma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes. Isto é o que vimos nas empresas que alcançam algum sucesso como a Natura, Vale, Cacau Show, dentre outras nestes últimos anos de competição ainda mais acirrada. Empresas assim, focam no momento e no seu negócio centrarl. Se antecipam e buscam estar desenvolvendo novos produtos, serviços, métodos, processos e mercados para conseguir continuar a manter sua vantagem competitiva.

É preciso parar de reclamar de que existem concorrentes e que a concorrência é injusta. É preciso fazer a sua parte e mostrar que é melhor que os demais. Isto é o que se vê naqueles poucos que sobrevivem e alcançam o sucesso por dezenas e alguns menos por mais de uma centena de anos.